BOTÂNICA NO MUSEU – PRIMEIRA EDIÇÃO (2018)
No segundo semestre de 2018 foi realizada a primeira edição do evento “Botânica no Museu – Ciclo Integrado de Minicursos do PPGBot/UFRJ” (https://botanicanomuseu.wixsite.com/alunosppgbot). Iniciativa do corpo discente com apoio integral da coordenação do PPGBot, o evento ocorreu no período de 23 de julho a 08 de agosto de 2018 e atendeu a 120 alunos pertencentes a diferentes instituições de ensino superior, dos quais 76,4% eram externos à UFRJ. Foram ofertados oito minicursos referentes às diferentes linhas de pesquisa, ministrados por 21 discentes dos cursos de mestrado e doutorado do PPGBot. Enquanto os pós-graduandos vivenciavam a prática docente, os discentes participantes conheciam, em linhas gerais, os fundamentos teóricos e práticos relacionados às pesquisas realizadas no programa, numa relação mútua de aprendizagem. O sucesso dessa atividade integradora nos levou a propô-la como atividade extensionista. Após o ciclo de minicursos, muitos dos participantes se interessaram e buscaram estágio de iniciação científica na própria instituição.
COMISSÃO ORGANIZADORA
Em sua primeira edição, o evento contou com uma comissão composta por sete alunos do Programa de Pós-Graduação em Botânica do Museu Nacional / Universidade Federal do Rio de Janeiro, sendo cinco douto
Filipe Gomes Cardoso Machado da Costa
Igor Musauer Kessous
Indhira Viana Freire
Isabelle Gomes Cardoso Machado da Costa
Karoline Telles de Oliveira
Weverson Cavalcante Cardoso
PLANTA SÍMBOLO (2018)
Couroupita guianensis Aubl. (Lecythidaceae) foi descrita pelo botânico, farmacêutico e explorador francês Jean Aublet em 1775. É originária da Floresta Amazônica, distribuindo-se por todas as florestas tropicais do nordeste da América do Sul. No Brasil, ocorre no Norte e Centro-Oeste, onde é popularmente conhecida como Abricó-de-macaco. Foi escolhida como planta símbolo de nosso evento devido a sua abundância no Horto Botânico do Museu Nacional e por suas flores exuberantes. É uma espécie arbórea que alcança até 35 m de altura. As folhas agrupam-se na extremidade dos ramos; suas lâminas são simples, estreito-obovadas a elípticas. As inflorescências são caracteristicamente caulinares, podendo cobrir inteiramente o caule. Suas flores são relativamente grandes (5-6 cm de diâmetro), perfumadas, de cores que variam do rosado ao vermelho. O androceu é vistoso e apresenta um prolongamento que estende-se de um lado para o outro (formando um capuz), através de um anel de estames que envolve o gineceu. Deste modo se formam dois grupos de estames, um na porção apical do capuz, onde localizam-se os estaminódios (estames estéreis), e outro na superfície do anel estaminal, onde encontram-se os estames férteis. Os frutos são indeiscentes (não se abrem na maturidade), lenhosos, globosos e castanho-escuros, caindo da árvore após a maturidade. As sementes são numerosas (100-300 por fruto), envolvidas por uma polpa.
A espécie é amplamente estudada devido a sua atividade antimicrobiana, anti-helmíntica e antinociceptiva. Os frutos são comestíveis e a polpa fresca é usada para preparar uma bebida medicinal. O extrato da planta tem sido utilizado para tratar resfriados e dores de estômago. As folhas são extraídas para fazer um suco usado para curar doenças de pele. O interior da fruta pode desinfetar feridas e folhas jovens usadas para aliviar a dor de dente.
Referências Bibliográficas
Lim, T.K. 2012. Couroupita guianensis. In: Edible Medicinal and non medicinal plants. Fruits. Springer, New York, USA, v. 3, p. 133-137.
Sanz-Biset, J., Campos-De-La-Cruz, J., Epiquién-Rivera, M.A., Cañigueral, S. 2009. A first survey on the medicinal plants of the Chazuta valley (Peruvian Amazon). Journal of Ethnopharmacology, v. 122, p. 333-362.
Smith, N.P.,Mori, S.A.,Prance, G.T. 2015. Lecythidaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB17964>.
PROGRAMAÇÃO (2018)
A primeira edição do Botânica no Museu contou com oito minicursos e uma palestra.
Minicursos
Minicurso I
Minicurso II
“Diversidade e evolução das Angiospermas brasileiras”
Minicurso III
“Algas potencialmente nocivas e seus impactos na saúde e meio ambiente”
Minicurso IV
“Descobrindo os tecidos vegetais: pesquisas e aplicações da anatomia das plantas com sementes”
Minicurso V
“Técnicas de campo em Botânica e procedimentos de Herbário”
Minicurso VI
“Etnobotânica e suas aplicações: conceitos teóricos e práticos”
Minicurso VII
“A Natureza através da Lente”
Minicurso VIII
“Práticas em Biologia Reprodutiva de Angiospermas”
Palestra
“O fascinante mundo dos Maracujás”
BOTÂNICA NO MUSEU – SEGUNDA EDIÇÃO (2019)
Somos alunos do Programa de Pós-Graduação em Botânica do Museu Nacional / Universidade Federal do Rio de Janeiro. Com o objetivo de divulgar o programa de qual fazemos parte e de propiciar o treinamento de recursos humanos junto aos nossos colegas discentes, organizamos o evento “Botânica no Museu”. Nele, contamos com a participação de colegas das diversas linhas de pesquisas do Programa: Biologia Reprodutiva das Angiospermas, Morfologia de Embriófitos, Taxonomia e Ecologia de Criptógamos e Taxonomia e Florística de Angiospermas.
Durante os três meses do segundo semestre de 2019, contaremos com a participação de 35 discentes em seis mesas redondas e 12 minicursos coordenados por três docentes do programa. Enquanto os participantes das mesas redondas e dos minicursos conhecerão a teoria e a prática à respeito das pesquisas realizadas pelo programa, nós teremos a oportunidade de vivenciar a prática docente.
Aguardamos vocês!
COMISSÃO ORGANIZADORA
Em nossa segunda edição, o projeto foi formalmente cadastrado e aprovado como ação de extensão vinculado ao PPGBot/UFRJ, contando com duas docentes e uma funcionária técnica do Departamento de Botânica do Museu Nacional – UFRJ.
COORDENAÇÃO:
Bárbara de Sá Haiad
Fernanda Stefany Nunes Costa
Filipe Gomes Cardoso Machado da Costa
PLANTA SÍMBOLO (2019)
A comissão organizadora da 2ª edição do “Botânica no Museu”elegeu a espécie Attalea speciosa Mart. como planta símbolo. Ela foi descrita pelo botânico Carl von Martius em 1826 na obra “Historia Naturalis Palmarum” e pertencente à família das palmeiras (Arecaceae). É uma planta robusta e possui o estipe (caule) isolado, atingindo até 20 metros de altura. É popularmente conhecida como babaçu, coco-palmeira, coco-de-macaco, entre outros, sendo encontrada nos domínios fitogeográficos Amazônia e Cerrado, com distribuição geográfica principalmente no Norte e Nordeste.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Carrazza, L.R; Silva, M.L.; Ávila, J.C.C. 2012. Manual Tecnológico de Aproveitamento Integral do Fruto do Babaçu. Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN). Brasil.
Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: < http://floradobrasil.jbrj.gov.br/ >. Acesso em: 30 Jul. 2019.
Lima, J.R.O.; Silva, R.B.; Silva, C.C.M.; Santos, L.S.S.; Santos Jr. J.R.; Moura, E.M.; Moura, C.V.R. 2007. Biodiesel de Babaçu (Orbignyasp.) obtido por via etanólica. Scielo. 30(3): 600-603.
Rufino, M.U.L.; Costa, J.T.M.; Silva, V.A.; Andrade, L.H.C. 2008. Conhecimento e uso do ouricuri (Syagruscoronata) e do babaçu (Orbignyaphalerata) em Buíque, PE, Brasil. Acta Bot. Bras. 22(4): 1141-1149.
PROGRAMAÇÃO (2019)
MINICURSOS:
Minicurso “Descobrindo a palinologia”
Minicurso “Etnobotânica: natureza e humanidades”
Minicurso “Diversidade de samambaias e licófitas”
Minicurso “Introdução à morfologia vegetal”
Minicurso “Anatomia vegetal clássica e aplicada”
Minicurso “Ó(p)ticas sobre as flores: a morfologia floral”
Minicurso “Introdução à ficologia”
Minicurso “Biologia da polinização”
Minicurso “Do campo ao herbário”
Minicurso “A natureza através da lente: introdução à fotografia científica”
Minicurso “Diversidade, taxonomia e ecologia de briófitas neotropicais”
Minicurso “Monocotiledôneas: diversidade e evolução de caracteres morfológicos”
MESAS REDONDAS:
“Ciência no Brasil: atualidade e perspectivas”
Palestras:
“O Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas (Botânica) do Museu Nacional” – Dra. Andrea da Costa
“Divulgação científica: do laboratório à comunidade” – MSc. Tiago Costa
“A mulher na ciência” – MSc. Lareska Cássero
“Fuga de cérebros” – José Guilherme
“Plantas fantásticas e onde vivem: estratégias de vida das epífitas vasculares”
Palestras:
“Composição taxonômica, adaptações gerais e importância ecológica da comunidade epifítica” – MSc. Ana da Cruz
“Adaptações anatômicas ao hábito epifítico” – MSc. Christian Faria
“Diversidade da família Orchidaceae na Mata Atlântica” – MSc. Isabelle da Costa
“Os diferentes olhares da evolução: bases interpretativas”
Palestras:
“Selecionando características: a seleção natural e artificial” – MSc. Bruna Gino
“Filogenia molecular de macroalgas Brasileiras” – MSc. Erick Filho
“Reconstrução de estados caráter ancestrais em plantas” – Dr. Filipe da Costa
“Flora do estado do Rio de Janeiro”
Palestras:
“Mata Atlântica do Rio de Janeiro” – MSc. Ramon de Oliveira
“Samambaias do Rio de Janeiro” – MSc. Fernanda da Costa e MSc. Vanessa Lino
“Piperaceae Giseke do Rio de Janeiro” – MSc. George de Queiroz
“O gênero Habenaria Willd. (Orchidaceae) no Rio de Janeiro” – MSc. Isabelle da Costa
“Semeando conhecimento: O ensino de Botânica e suas interfaces”
Palestras:
“A importância dos espaços de educação não formal no ensino de Botânica” – Dra. Fátima Denise
“A Etnobotânica e suas Contribuições para o Ensino Médio” – MSc. Deborah Salim
“Recursos ou recompensas florais”
Palestras:
“Diversidade estrutural e funcional de nectários” – MSc. Cecília Pereira
“Flores resiníferas e sua função ecológica” – MSc. Rachel Castilho
“O que podemos encontrar nas orquídeas?” – Dra. Luciene Leão